Do portal da Folha de S. Paulo
Para o vice-presidente do PT Alexandre Padilha, o presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), Carlos Eduardo Thompson Flores, deveria ser mais cauteloso ao se dizer apreensivo com possíveis ataques no dia 24, quando a corte que preside julgará o ex-presidente Lula. “Ou começa a virar falácia, tentativa de se transformar em vítima”, disse o petista neste sábado (13), em ato no diretório do partido em São Paulo.
Na véspera, Flores afirmou a congressistas petistas que os juízes estão recebendo ameaças e que alguns deles tiraram suas famílias do Estado. Ele citou o caso de uma pessoa do Mato Grosso do Sul que tem dito que vai atacar fisicamente o prédio do TRF-4.
Se de fato houve ameaça, “isso é muito grave”, e Flores deveria pedir imediatamente investigação da Polícia Federal, segundo Padilha. “Quem foi? Somos os mais interessados em saber.” O que não dá, continuou, “é criar clima de intolerância, de ódio”.
O PT precisa ficar atento, afirmou o dirigente político, são com “infiltrados que podem atrapalhar manifestações”, com o intuito de tumultuar os vários “atos pacíficos” que a sigla organiza para os próximos 11 dias, até o julgamento. “Da nossa parte, o caldo não vai entornar.”
Padilha acusou o TRF-4 de “criar um fura-fila de processos”, passando o caso de Lula à frente “inclusive do processo contra a esposa de Eduardo Cunha”, a jornalista Claudia Cruz. “Aqui é Lula, porra! Chora, coxinhada!”, bradou um militante enquanto segurava uma camisa com a imagem do petista recém-grafitada. Como trilha sonora, jingles vintage do partido, de “Lula Lá” a um feito para a campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista, em 2010.
O ato aconteceu num prédio na Sé que teve a fachada coberta por uma enorme faixa com o rosto do ex-presidente e o slogan político “eleição sem Lula é fraude”. Seguiu-se a outro encontro promovido pelo PT, desta vez no diretório municipal, horas antes. Segundo Padilha, o partido já lançou 6.000 comitês populares em defesa da candidatura lulista – um deles, em Pernambuco, materializou-se na forma de um bloco carnavalesco, o Sapo Barbudo.
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