Padilha diz que, no depoimento, ficou surpreso com a postura de Moro de completa impaciência. “Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar, é o dono do sítio de Atibaia. A família de Jacó e de Lula sempre foi muito próxima, por isso o ex-presidente e Dona Marisa Letícia frequentavam o local. Eu mesmo fui ao sítio várias vezes convidado pelo Fernando Bittarâ€, contou Padilha, relatando o que depôs a Moro, lembrando ao juiz conheceu a família Bittar antes de Lula e D. Marisa.
Ele critica a visão de cegueira do Ministério Público. “Porém, o Ministério Público mantém a tese de que Lula usou a família Bittar como laranjas para perpetuar sua organização criminosa, comprando votos do Congresso Nacional de mantendo sua reeleiçãoâ€, condena.
Padilha avalia com descrédito parcelas do judiciário brasileiro, que possuem como meta a destruição do Partido dos Trabalhadores (PT). “Depois da condenação envolvendo o triplex arbitrariamente atribuído a Lula, eu espero qualquer coisa da justiçaâ€, condena.
O ex-ministro ressalta que fazer a defesa da candidatura de Lula por parte do PT é uma absoluta declaração de que Lula é inocente. “Se alguém quiser tirar Lula das eleições terá que manchar as suas digitais na história, e não será o Partido dos Trabalhadores que fará issoâ€, conclui.
Pré-candidato a deputado federal, ele comenta o processo contra a Veja vencido por ele e sua esposa por uma fake news publicada pelo colunista Felipe Moura Brasil em 2015, no momento do nascimento da filha do casal, envolvendo o atendimento do SUS. O sofrimento e o prejuízo à imagem de sua família na ocasião “nunca serão recuperados”, destaca.
Padilha aproveitou para comentar o episódio do assessor do papa Francisco que trouxe a Lula um rosário abençoado pelo pontífice e destacar a importância da mídia alternativa na resistência política. Ele criticou o trabalho seletivo das agências que se propõem a verificar fatos na imprensa.