Por Alexandre Padilha para o Portal Novo Momento – de Americana e região
Nesta semana, portais noticiaram a queda do número de crianças vacinadas no Brasil, com o pior índice em 16 anos. Todas as vacinas indicadas a menores de um ano ficaram abaixo da meta de vacinação segundo o Ministério da Saúde, com índices de 70,7% e 83,9%, sendo que a meta é 95% de cobertura da população. A única que não sofreu muita redução foi a BCG – que é aplicada em maternidades assim que as crianças nascem, 91,4%.
Tenho orgulho de, quando Ministro da Saúde, termos atingido, já em 2012, a meta da redução da mortalidade infantil estabelecida pela ONU para 2015, infelizmente o que vimos agora é o crescimento. Também tenho muito orgulho de, como Ministro, ter incorporado novas vacinas no SUS, como a do HPV, e ampliado o perfil de pessoas que podem receber vacinas para Hepatite A e B, entre outras.
Essa notícia é muito preocupante em dois aspectos: mostra a destruição continua do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo atual governo federal, que congelou por 20 anos novos recursos para a saúde, mas também a necessidade de campanhas e políticas que incentivem ainda mais a necessidade de vacinar nossas crianças.
Nosso Programa Nacional de Imunizações é reconhecido internacionalmente pelo excelente resultado no combate a doenças, inclusive fez com que muitas delas fossem erradicadas. Vemos agora o seu declínio com o reaparecimento de doenças que há anos estavam controladas, como os casos de sarampo no norte do Brasil e da febre amarela na região sul.
Também é importante ressaltar a ideologia, crença religiosa, medo, entre outros conceitos, de alguns pais por optarem em não vacinar seus filhos, o que é um enorme problema, tanto individual quanto coletivo. As crianças vão à escola e ficam suscetíveis as doenças.
Por isso, devemos ficar atentos a esses índices, principalmente as ações do governo, e a nossa caderneta de vacinação. Se vacinar é um ato de bem-estar na sociedade, uma responsabilidade social.