Com informações da Revista Fórum
O deputado federal Alexandre Padilha apresentou um projeto de lei que pede a criação do Dia Nacional do Funk em 12 de julho. A proposição foi articulada com diversos movimentos e produtores culturais e busca reafirmar a importância do gênero no país.
“A criação de um dia nacional para celebrar a cultura funk significa a institucionalização de um espaço para que se discutam políticas públicas capazes de atender as demandas das comunidades onde o movimento é mais forte, gera renda e oferece à população uma possibilidade de lazer”, afirma o parlamentar na justificativa do projeto de lei (PL) 2229/2021.
“Sabendo que o acesso à renda, ao lazer e a equipamentos de cultura são direitos negados às comunidades vulnerabilizadas por todo o país, a mobilização aqui apresentada pretende estabelecer uma data a fim de criar esse espaço de debate, fomentando a valorização da cultura popular”, alega.
A proposição atende o Manifesto pelo Dia Nacional do Movimento da Cultura Funk, articulado em abril por diversos representantes do segmento. “O funk evidencia a ampla diversidade cultural do nosso país. No seu universo, os beats, estilos de dançar, vestir e cantar se somam às narrativas de jovens, negros, mulheres, LGBTQIAP+ e quem mais tiver o que falar. Um gênero musical periférico, majoritariamente negro, capaz de unir territórios, criar suas próprias tecnologias e influenciar o mercado de forma única. Pelo Brasil afora, ele se conecta às manifestações culturais de cada estado, tornando-se cada vez mais democrático”, alegam os proponentes.
A data escolhida pelo movimento é uma referência ao primeiro baile funk, realizado em 12 de julho de 1970. “Baile da Pesada. “É em reverência à importância dos Bailes da Pesada no processo que levou ao desenvolvimento do funk no Brasil, e a todos os DJ’s e pessoas que estavam envolvidas nas festas e eventos daquela época, que queremos propor o dia 12 julho como o Dia Nacional do Funk. A pluralidade de suas vertentes, estilos e expressões, além de seu papel transformador na vida da juventude brasileira, torna sua representação em nosso calendário nacional obrigatória”, sustentam.
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