O confinamento causado pela pandemia da covid-19 deixou às vítimas de violência ainda mais expostas aos seus agressores no ambiente doméstico. A incidência de casos de violência contra mulher apresentou crescimento no país e no mundo. Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mostram que já no primeiro mês de quarentena, denúncias de violência contra mulher ao 180 cresceram 40% em relação ao mesmo período de 2019.

Nesta segunda (9)  o programa Rede em Defesa da Vida da TV PT que é ancorado pelo deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, abortou o assunto com a deputada estadual e presidenta da Apeoesp, professora Bebel, a advogada e candidata a vereadora pelo PT em SP, Vivi Mendes, e a advogada e candidata a vereadora pelo PT de Araraquara, Thainara Faria.

Padilha abriu o debate reforçando os ataques promovidos às mulheres pelo governo Bolsonaro e a falta de iniciativas para o enfretamento em especial na pandemia da covid-19 que mostrou a alta da violência no ambiente domestico, no trabalho, e o machismo escancarado.

A vereadora e candidata a reeleição em Araraquara, Thainara Faria reiterou que a mulher não é alvo apenas da violência física e sexual, mas também social e psicológica e que a estruturação de uma rede de solidariedade é primordial para a redução dos danos causados.

“Araraquara, através do prefeito Edinho Silva, tomou medidas fundamentais para o enfrentamento da doença. Uma delas foi criar uma rede de solidariedade para ajudar as mulheres em além de como lidar com os filhos em casa ou com a quantidade de refeições diárias, mas também oferecendo suporte psicológico. O governo Bolsonaro antes da pandemia já tinha feito muitos desmontes nas políticas para as mulheres, com a covid-19 faltou ouvir as necessidades das mulheres, que no contexto do isolamento social tiveram que ficar em suas casas com seus agressores e também tiveram suas rotinas completamente afetadas. Nessa sociedade machista, faltou humildade para escutar as demandas de quem esta comprometido com a redução das violências contra as mulheres.”

Para a candidata a vereadora pelo PT em São Paulo, Vivi Mendes, o isolamento social é a determinação para que as pessoas possam se proteger e proteger suas famílias da covid-19, mas também é a determinação que coloca a vida de muitas mulheres em risco. Além disso, as mulheres são as que sofrem de forma mais ampla por serem as primeiras a perderam o emprego, as últimas a retomarem as suas funções e as que tem a maior perda de renda.

“Somos as que mais sofrem com as consequências das crises ocasionadas pela pandemia da covid-19, que também são uma violência contra nós. Temos visto a dificuldade das mulheres de continuarem suas trajetórias nos tempos atuais e vemos poucas medidas efetivas para essa redução tanto do governo Bolsonaro quanto em São Paulo, com Dória e Bruno, que tem pouco compromisso com a vida das mulheres e não apresentaram medidas efetivas para o enfrentamento também dessa pandemia que é a violência de gênero”.

A deputada Bebel avaliou o aumento da violência contra mulher e o feminicídio como duas chagas que enfrentamos e que estão muito mais explícitos. “Temos instrumentos de enfretamento importantes como a Lei Maria da Penha, mas há casos em que a mulher fica sem reação do que fazer, porque a violência física, sexual e moral nos deixa depredados e a misoginia faz com quem nós, mulheres, temos que nos impor constantemente. Estamos em um momento impar e a sociedade precisa eleger prefeitos e vereadores que defendam aquilo que estruturalmente está sendo atacado como a diversidade, as mulheres e os negros.”

A “Rede em Defesa da Vida” é uma Frente de Proteção com intuito de levar informações sobre a crise sanitária ocasionada pela covid-19 e que tem por missão fortalecer a vida e o SUS. Faça parte e colabore com a ampliação da Rede compartilhando ou disponibilizando a transmissão do programa nas suas redes sociais para que a defesa da vida seja difundida para o maior número de pessoas. Caso precise de ajuda para reproduzir a live, entre em contato com a gente nas redes @padilhando ou pelo WhatsApp (11) 97581-4398.

Veja como foi o programa na íntegra: