Com a aproximação das eleições municipais de 2020, Fórum iniciou nesta segunda-feira (2) uma série de entrevistas os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo pelo PT. Ao todo, o partido tem 7 nomes que disputarão as prévias internas que definirão o candidato. O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que já foi ministro da Saúde e secretário de Saúde na capital paulista, foi o primeiro entrevistado. Participaram da conversa os jornalistas Renato Rovai, Adriana Delorenzo, Conceição Oliveira e Ivan Longo.
“Eu tô muito animado. Acima de tudo essa eleição municipal é muito decisiva”, disse Padilha, destacando que seria o primeiro teste eleitoral após a perturbada eleição de Bolsonaro. “Eu acho que nós vamos reencantar muita gente com o projeto de esquerda em São Paulo”, afirmou.
Na entrevista, o petista falou sobre os motivos que o levaram a querer ser candidato e fez uma avaliação do contexto político dos últimos anos. “A gente tem que reconhecer que, sobretudo de 2013 pra cá, houve uma verdadeira organização de uma infantaria da extrema direita”, disse, pontuando que é preciso desenvolver trabalhos de militância de base, principalmente nas periferias, hoje tomadas pelas igrejas neopentecostais. “Esse é um desafio importante, e outro é esse tema da violência, da segurança”.Sobre a questão do aumento exponencial do número de pessoas em situação de rua na capital paulista, Padilha disse que se trata de “uma fotografia clara do aprofundamento da desigualdade, por conta desse casamento Bruno, Doria e Bolsonaro”. Ele contou que, caso seja confirmado como o candidato do PT e se torne prefeito, pretende retomar programas sociais encampados na gestão de Fernando Haddad e extintos no governo de João Doria e Bruno Covas, como o De Braços Abertos, voltado aos dependentes químicos da chamada Cracolândia, e o Transcidadania, voltado à população trans em condições de vulnerabilidade.