Do Portal Brasil 247
Da CUT – Sindicalistas do Brasil e do exterior participaram nesta terça-feira (7) a noite do Ato Internacional em Defesa da Democracia e do ex-presidente Lula, na sede da CUT, em São Paulo, onde foi aberta oficialmente a 13ª Conferência da Universidade Global do Trabalho (Global Labor University – GLU).
Na abertura do ato, o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, agradeceu aos companheiros e companheiras sindicalistas de todo o mundo que vêm se juntando a luta dos brasileiros contra o desrespeito à Constituição, os ataques aos direitos sociais e trabalhistas e à democracia e a perseguição ao ex-presidente Lula.
Segundo Lisboa, o apoio internacional foi fundamental para espalhar pelo mundo inteiro unidades do Comitê Internacional de Solidariedade a Lula e à Democracia, criado por representantes de movimentos sociais e sindical e partidos políticos.
“A partir disso foram sendo criados comitês em cidades do mundo inteiro, entre elas, Paris, Londres, Genebra, Washington, Berlim, nova York, Lisboa, Madri, Barcelona, Argentina, Roma, Amsterdã e está nascendo o comitê de Viena”.
“Quanto mais comitês forem criados fora do país, mais forte estará a nossa luta pela democracia, por direitos e pela liberdade de Lula”, disse Lisboa.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, também agradeceu o que chamou de “solidariedade de classe” que a luta dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros por direitos, por democracia, pela liberdade de Lula e o direito do ex-presidente ser candidato nas eleições deste ano tem recebido de trabalhadores do mundo inteiro.
“Ouso dizer que se não fosse a solidariedade internacional, os golpistas teriam andado mais ainda com o golpe. Eles têm medo porque se preocupam com o que acontece internacionalmente”, disse Vagner.
Para o dirigente, o Brasil vive um momento que não é muito diferente do que vive o mundo, com uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores e a democracia.
Segundo ele, Lula está preso porque os golpistas criaram uma rede de intrigas, uma grande farsa, dizendo que o PT era uma quadrilha que roubou o Brasil e que o Lula era o chefe dessa quadrilha porque não queriam um governo democrático e popular no poder.
“Por incrível que pareça, Lula está preso por causa de uma reforma em uma cozinha de um apartamento que nunca foi dele e Dilma foi deposta por uma alegada pedalada fiscal que depois foi institucionalizada no Brasil”.
“Sempre que a classe trabalhadora brasileira anda um ou dois degraus, a direita não aguenta e inventa a tese da corrupção. Lula não é o primeiro. Foi assim com Getúlio Vargas, que se suicidou, com Juscelino Kubistchek que teve uma morte não explicada até hoje. São governos populares, que desconcentram renda, onde os pobres têm mais direitos e todas as vezes fazem a mesma argumentação: corrupção”, disse Vagner.
“Eles não suportam a ideia do estado não ser só da elite”.
Han Sang-gyun, ex-presidente da KCTU [central sindical sul coreana], que gritou várias vezes, em português, Lula Livre, disse que não se pode prender o espírito de Lula.
“Trabalhadores sul coreanos estão em defesa de Lula e ele será eleito presidente”.
O ex-ministro da coordenação política de Lula e da saúde de Dilma, Alexandre Padilha, lembrou que no dia em que foi condenado o ex-presidente Lula recebeu apoio de sindicatos internacionais, especialmente da América Latina, Argentina,Uruguai e Chile, que vieram em caravanas para o Brasil.
“Não existem fronteiras para a luta e solidariedade dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Padilha lembrou da solidariedade do mundo a Han Sang-gyun, quando ele foi preso por protestar contra a reforma trabalhista daquele país. Ele conseguiu impedir a aprovação da reforma e o presidente do país na época foi preso.
“Isso pode acontecer no Brasil”, disse Padilha.
Padilha disse ainda que a direita com seu sistema liberal nunca venceu uma eleição, após 2002 e é preciso uma união internacional contra o fascismo, pela liberdade de Lula e seu direito de concorrer as eleições.
“Lula deve sair da prisão pelo bem da democracia brasileira, pelo bem da democracia da América Latina e pelo bem da democracia mundial”, afirmou Victor Baez, da CSA.