*Por Alexandre Padilha para o Saúde Popular

Aconteceu nessa semana a Conferência Nacional da Saúde, um espaço importante de luta pelo SUS, da retomada do direito à saúde, em um momento de tanto ataque ao SUS, ainda mais após a apresentação do governo Bolsonaro da Medida Provisória que cria o Programa Médicos pelo Brasil.

Um programa que não vai dar conta de resolver os vazios de assistência causados pela destruição do Programa Mais Médicos, está prometendo um engodo, está mentindo para os médicos, porque diz que irá criar uma carreira para os profissionais, mas em nenhum momento da MP está escrito qual será a regra desta carreira. E continua apostando na fórmula que já se mostrou não suficiente para garantir o atendimento médico para a grande maioria do povo brasileiro.

A Bancada do PT apresentou um conjunto de emendas, uma parte delas discutidas com a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, com o movimento popular de saúde que estava na 16ª Conferência Nacional de Saúde, exatamente para enfrentar isso.

Primeiro, para não permitir qualquer tipo de avanço da privatização da Atenção Primária à Saúde no nosso país, muito menos da “pejotização”, ou seja, querem transformar uma verdadeira “uberização” do mercado médico. Segundo, para garantir a criação de uma carreira interfederativa pública para os médicos e conjunto dos profissionais de saúde.

Será uma grande oportunidade de embate político sobre o centro do projeto de saúde do governo Bolsonaro, que é a destruição do SUS, e do nosso lado, a defesa da saúde como direito e não como mercadoria.