Por Alexandre Padilha

13 Cidades.

Foram 2000 km de estradas em 3 dias.

Céus estrelados, muito calor (climático e humano) pouco sono e muito trabalho.

É difícil definir aquelas e aqueles que escolheram o PT para representar as ânsias, desejos, aspirações e vontades próprias e da população. É o único partido realmente do povo, e como o povo é vário e vasto, o PT também é. Contudo, há algo que nos une, dá solidez, coesão. Intelectual, artista, lavrador, operário ou assistente social, não faz diferença.

É um olhar capaz de ver o outro, um coração que acelera frente a uma injustiça, uma lágrima que cai de amor pelo semelhante.
Há essa percepção comum de que dividimos o mesmo pão e o mesmo teto. O que é melhor para você, também é o melhor pra mim.

Ser petista é chamar todo mundo de companheira ou companheiro. É dar um abraço suado, com cheiro de luta, esforço, trabalho. É sentir-se conhecido em meio a um monte de gente que você nunca viu. É sentar em um sofá de uma casa que nunca entrou e se largar como se fosse seu. É usar o banheiro sem pedir, é dar um gole no café, já meio frio, do copo do seu igual. Ser petista é corporal.

Ser petista é orgânico, é humano no sentido mais amplo possível. Petista gosta de pegar em gente, gosta de ouvir, gosta de falar, de denunciar e reclamar sobre as coisas e pensar num modo de mudá-las para melhor. É usar a inteligência para interpretar e alterar a realidade.

É mais que futebol, é mais que a música preferida. O PT não é apenas um partido político há muito tempo. O PT é um sentimento de que você é meu igual, sendo petista ou não, não faz diferença.

Nesse reconhecimento do outro e pelo outro, a gente fica triste e irado com a necessidade da dona Maria, com o remédio do Lucas que não chegou, com o desemprego da Ana, com o desespero do Seu Claudionor, com o roçado seco da família Matias.

Ser petista é quando sua tristeza dói em mim e, acima de tudo, quando a sua alegria sorri em mim.

Viva o PT.